MEMORIAL

 

 MEMORIAL

 

Fotos, vídeos, documentos retirados

do meu baú de velharias (ou do baú de algum amigo),

com o objectivo de recordar imagens ou documentos

do passado ou da nossa anterior vivência em comum.

 


 

 

 

 "BODAS DE PRATA" DE ALBERTO E GORETE  

 

 FESTA MEMORÁVEL EM 27/4/2005 

 

 (Veja a crónica de 2005 no meu blogue e o vídeo/clip da festa) 

 

 (Clique na imagem da crónica para a ampliar) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TENHO UMA SOBRINHA MUITO RADICAL!  

 

Veja a sua "loucura" de 5/5/2013! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 VICTOR, O CRAQUE! 

 

 (Uma reposição de 2009) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RECORDAÇÃO DE 1988

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nas curvas da nossa vida deparam-se-nos por vezes situações bem curiosas e gratificantes !

Será o caso da que aqui apresento:

 

Por motivos totalmente “a leste” desta história, conheci em tempos José Maria, “Maioral dos Touros” de uma conceituada ganadaria alentejana que visito com frequência e, por ele, aí fiquei a saber  que era meu conterrâneo, natural do Casal do Marmeleiro, na freguesia do Chouto – Chamusca.

 

 

José Maria, Maioral  dos touros

 

Meses depois, em convívio na terra natal com outros conterrâneos, fui informado que José Maria era filho de um cego, à data (anos 60) ali muito conhecido face à maneira como encarava e vivia o seu dia-a-dia - andava de bicicleta, guardava gado, pescava, fazia construções e casara mesmo, aguardando naquela data o nascimento de um filho...  Isso foi como que um alerta que fez soar como que uma campanhia na minha memória...

 

Recordei então que, naquela data - Fevereiro de 1967 - sabedor da existência desse meu conterrâneo invisual e famoso, residente num distante Monte, bem no interior da charneca ribatejana, contratei um fotógrafo profissional e realizei uma reportagem – um pequeno trabalho, ilustrado com fotos – que fiz publicar no “Diário de Notícias” (jornal de que era correspondente na minha aldeia), onde ele surgia andando de bicicleta  por aqueles caminhos e onde construía uma barraca de colmo, fazendo ainda no texto referência ao seu recente casamento e ao facto da esposa aguardar a chegada de um rebento, destacando a muito difícil situação económica do casal... 

 

Eis o trabalho publicado:

 

 

 

 

 

Fui à procura do trabalho de há quase quatro décadas (“coca-bichinhos”, guardo tudo !...) e, este localizado, surgiu em mim o desejo de oferecer uma cópia ao Maioral José Maria, afinal a criança que germinava, naquele distante ano de 67, no ventre da jovem esposa do famoso cego do Marmeleiro, quando fiz a reportagem para o diário...

 

Foi o que fiz , em deslocação que voltei a realizar ao Alentejo, sendo para mim muito gratificante comprovar a surpresa do agora homem quarentão - que felizmente não tem qualquer deficiencia na vista, como o seu famoso progenitor, entretanto falecido... -  e a forma como os seus olhos se humedeceram quando, posto ao corrente desta história, olhou para as cópias dos recortes do “Diário de Notícias” de 1967, onde surgia a imagem do seu pai !...

 

Assim, nas curvas da minha vida, uma situação bem gostosa e gratificante que, naquela data, jamais poderia imaginar que hoje aconteceria !

 

Então, em 1967, dei a conhecer ao país a gravidez da jovem esposa do cego pobre do Marmeleiro e logo surgiu, do Minho ao Algarve, pelo correio, montes de ofertas de fraldas e enxovais para o bebé que iria nascer e, agora, quase 40 anos depois, como que por artes mágicas, conheço no interior alentejano o então bebé, hoje “Maioral dos Touros”, José Maria, filho do famoso cego do Marmeleiro, que se emocionou a ver o velho recorte de jornal !... 

 

E, francamente, também eu me emocionei ...

 

Nas curvas da vida...    

 

 

 

 

 

 

 

 

MEMORIAL

 DE

 BELINHA ALVES

Sempre maluco pelas coisas da comunicação, em 1967, quando fui mobilizado para a guerra de Angola e logo que recebi os magros escudos que, como rebuçado nos davam com a mobilização, tratei de imediato de os usar na compra de um gravador audio de cassetes - uma super-novidade para a época! - e desatei a gravar tudo o que no Chouto, minha aldeia natal, produzia som...

Tenho registos de pessoas a falar, a cantar, a assobiar e até gravei pássaros! Uma Gralha, no quintal de minha casa a palrar!

 Guardei tudo até hoje e, agora, tenho muito gosto em elaborar uns trabalhinhos um pouco mais compostos e apresentá-los neste meu espaço virtual.

Aqui apresento a Belinha, filha de Manuel Alves, padeiro da aldeia durante muitos anos, a fazer uma pequena declamação.

Acredito que, tanto ela como seus familiares e amigos sentirão graça e prazer em ouvir esta gravação feita em 1967.

 

 

 

 

 

 

 

 

  

E, NOS JORNAIS,

TUDO COMEÇOU ASSIM...

Apaixonado desde que me conheço pela comunicação e, ao fim e ao cabo pelos jornais, única fonte de comunicação pública que na época existia entre todos para além da rádio, já que a TV estava dando os seus primeiros passos, iniciei os meus primários escritos – ou pré-primários?... – “escritos”, digo eu, com uma enorme boa-vontade … -  no semanário “Vida Ribatejana” que se publicava em Vila Franca de Xira e era muito divulgado na Chamusca, na minha região natal e sobretudo em todo o Ribatejo.

Para a posteridade e em memorial deixo aqui a frente e o verso de um cartão datado de 13/8/1960 de Fausto Nunes Dias, Fundador e Director durante muitos anos do velho e prestigiado semanário ribatejano da bela e castiça Vila Franca de Xira que na data me aceita como "correspondente"  na "importante e formosa freguesia que é o Chouto".

À data esta criança tinha 15 anos...

Querem maior  presunção?...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CHOUTO 
 ESPEREI 42 ANOS...

Preocupado com as condições de vida na minha aldeia natal, publiquei no jornal “Correio do Ribatejo”, na já distante data de 14/9/1963 (!!!) – então uma “carolice” de um jovem ( neste caso com 18 anos ) que, nos intervalos dos saborosos e já saudosos “namoricos” da época (ainda um dia hei-de escrever sobre isso...), se entretinha a escrevinhar para os jornais... –  este patusco naco de prosa que hoje aqui recordo com um particular sorriso pelo conteúdo e pela forma  como o mesmo está redigido e juntando também uma foto do local na época:

 

 




 

 

 

recordo tanto mais porque, no Verão de 2005, a Junta de Freguesia local resolveu finalmente concretizar aquela pretensão e transformou radicalmente o velho e inestético ribeiro, criando esta bela e elegante obra que gostosamente aqui apresento:

 

 


Esperei 42 anos... mas o meu lindo Chouto ficou ainda mais bonito !

 

 

 

 

 

 

 

 

GUERRA COLONIAL

 

FRENTE E VERSO DA EMENTA DO JANTAR, A BORDO DO PAQUETE "NIASSA", NO DIA 21 DE OUTUBRO DE 1967, VÉSPERA DA CHEGADA A ANGOLA, PARA 26 MESES DE COMISSÃO MILITAR.

 

(Clique nas imagens para ampliar)

 

 

 ESCLARECIMENTO : Fiz a Guerra Colonial com o posto de Furriel Miliciano e, no "Niassa", as nossas refeições efectuavam-se, bem como as dos oficiais, em classe turística. Entretanto, os soldados, infelizmente, comiam nos porões e as suas refeições eram de má qualidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

PATUSCA CARTA COM

 

 

QUASE MEIO SÉCULO !...

 

Trecho - que agora acho bem hilariante !... - de uma carta que escrevi de Lisboa, ao meu pai, no Chouto, em 17/1/1958.

 

 

Explicação: Dos 11 aos 13 anos, em Lisboa, em casa de meus padrinhos, obtive a chamada "Admissão aos Liceus" e estudei até ao 2º ano no antigo Liceu de Oeiras - a meus padrinhos fiquei a dever não ter sido Alfaiate, pretensão do meu pai !... - e a professora, referida na carta, era a minha anterior mestra da primária, no Chouto, que tinha um temperamento impróprio e inadmissível - podendo mesmo dizer que a senhora era má !...- e que, por se ter incompatibilizado com o meu pai, sempre me fez sofrer na escola.

A parte final deste patusco trecho "diz" das dificuldades económicas da minha família...

E...como hoje acho graça ao que então escrevi sobre o calçado!...


 

 

 

 

 

 

 

 

 1972 (JUNHO)

 

 CHOUTO, MINHA ALDEIA NATAL, EM FESTA!

 

 

CHOUTO (ALDEIA NATAL)

FOTO DE 1972 !  INÉDITA !

Raul dos Santos, funcionário da Junta de Freguesia, retira da esquina da minha casa de habitação, o candeeiro a petróleo que durante muitos anos serviu de iluminação pública, enquanto outros operários erguem o poste para instalação da luz electrica! 

 

CHOUTO (ALDEIA NATAL)

FOTO DE 1972 !  INÉDITA !

O poste para a instalação da electricidade já está quase no local e o velho candeeiro a petróleo repousa no solo como que exausto pelo grande e prestimoso esfôrço dispendido ao longo dos anos...Era o progresso tão sonhado e desejado que estava prestes a chegar à aldeia !... 

 

 

CHOUTO (ALDEIA NATAL)
25/6/1972 - DATA HISTÓRICA !

FOTO INÉDITA !

Inauguração da luz electrica ! Na foto, reconheço, da esquerda para a direita: Antero Pratas (de óculos) presidente da Junta de Freguesia, Padre José Faria de Almeida procedendo à benção da cabina electrica, Engº Carlos Amaral Neto (meio encoberto) à data Presidente da Assembleia Nacional de Portugal caída com o 25 de Abril de 1974, José Franklim Barreto (atrás da criança de camisa vermelha), Engº António João Lopes da Costa (de fato claro), à data Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, José João Maia Oliveira, António Fernandes (de fato azul) e, na sua frente, Jorge Fernandes, seu filho. 

 

CHOUTO (ALDEIA NATAL)

 

25/6/1972 - DATA HISTÓRICA !

 

FOTO INÉDITA ! 

Terminada a cerimónia na cabina electrica, os convidados foram recepcionados na sede da Junta de Freguesia por alunos da Escola Primária (vê-se a professora de então, Marília Barreto, ao centro), tendo ali sido servido um almôço.(Recordo-me que fazia parte da ementa um prato de esparguete com atum que apreciei bastante...) Foram proferidos diversos discursos, entre os quais se incluiu o meu, bem inflamado, por sinal...